03 julho 2015

Filiados de Fortaleza e Região Metropolitana rejeitam proposta do governo


Com número pouco expressivo, cerca de 60 pessoas dentre os quase 6 mil filiados da Região Metropolitana de Fortaleza (entre ativos, aposentados e pensionistas), a plenária da assembleia realizada ontem no SINTSEF/CE disse Não à proposta do governo de reajuste linear de 21,3%, em quatro parcelas: 5,5% em 2016; 5,0% em 2017; 4,75% em 2018; 4,5% em 2019. Em reunião no dia 25 de junho, o governo insinuou que os demais pontos da campanha salarial estão condicionados a aceitação da proposta de reajuste.

Na ocasião, o Fórum representativo dos servidores federais exigiu que fosse apresentada resposta dos demais pontos da pauta em nova reunião agendada para o dia 7 (3ª feira), quando o Fórum dará uma resposta à proposta do governo.

Quanto à greve, o grupo ontem decidiu não tirar um posicionamento, visto que várias assembleias anteriores, setorizadas por local de trabalho, não definiram adesão. Naquele momento porém, o governo ainda não tinha apresentado índice de reajuste. Até o dia 11 de julho, novas reuniões devem ocorrer com os filiados do SINTSEF/CE, para que então seja tirado um posicionamento sobre a greve.

A assembleia teve mesa composta por Luciano Filgueiras na coordenação, Ataílde Figueiredo como secretário e Onidracir do Rosário na relatoria. Estiveram presentes servidores do Incra, Ministério da Fazenda, Ibama, Saúde (Sesai, Funasa e Campo), IFCE, Exército, Agricultura, Conab, DPU e aposentados de diversos setores.

Encaminhou-se de levar à plenária da Condsef, em Brasília, amanhã 4, a decisão de não concordar com o governo sobre a proposta.

Representarão o SINTSEF/CE os delegados eleitos ontem: Francisco de Assis Bezerra, Hélio Alves, José Arteiro da Silveira, Lucy Mary Gomes e Mirton Brito e Adriano Duarte, referendado como indicado da direção (e que também participa do CDE).

 

Reuniões anteriores – Outros pontos da Campanha Salarial

Em reunião anterior, no dia 14 de maio, o governo havia feito algumas considerações sobre dois pontos da campanha salarial:

1) Regulamentação da Convenção 151 da O.I.T;
2) Reajuste dos Benefícios.

 

Sobre a Negociação Coletiva, o governo colocou como sendo a maior dificuldade a regulamentação em termos das três esferas: União, Estados e Municípios.

A avaliação do fórum das entidades é de que  a questão é meramente política, pois os instrumentos constituídos pelas partes já são suficientes para que o Executivo envie uma proposta de consenso para o Legislativo.

 

Quanto aos benefícios, o apresentado foi:

Auxílio Alimentação: Aumento de R$ 373,00 para R$ 455,00, a partir de janeiro de 2016.

Auxílio Creche: Valor médio atual de R$ 73,07, per capita para os dependentes (congelado desde 1995). Passaria para R$ 321,39, a partir de Janeiro de 2016.

Saúde Suplementar (Plano de Saúde): Os valores atuais (Menor Valor = R$  82,00 / Maior Valor = R$ 167,00); Simulações do Governo (Menor Valor = R$  110,00 / Maior Valor =  R$   204,49)

 

As entidades discordaram totalmente:

1) Em relação ao prazo: a proposta da Campanha é que os reajustes sejam para este ano;

2) Sobre os valores apresentados: a reivindicação é de que os benefícios dos servidores do executivo sejam igualados aos dos servidores do Legislativo e Judiciário.

Comentários Comentar